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Segundo dia de SPFW

Por: Redação – Lilian Joenk

No segundo dia do SPFW, o que se viu foi muito preto, brilhos e um equlíbrio entre o clássico/sexy e o lúdico.


Para dar início aos desfiles da noite, Isabela Capeto trouxe sua coleção com ares nórdicos e inspiração nos vikings. Mas acima de tudo, foi uma coleção que reafirma o estilo de Isabela. O tema serve apenas como panos de fundo para contar a história da coleção, que veio confortável, cheio de tecidos de flanela, tricôs, xadrez, listrados e também o jeans de Andressa Fontana. As meias opacas e os sapatos de couro dão cara de menina, mas sem deixar de ser contemporânea. As formas continuam como eram antes, peças soltas, com vestidos que variam entre curto e longo, saias, bermudas e calças folgadas. As aplicações e tachas, assim como os corações de Isabela trazem a identidade da estilista para a passarela, em uma coleção que veio com uma cartela de cores recheada de preto, branco, verde, vermelhos e outras cores neutras. Os listrados, assim como a estampa floral colorida anima o inverno e fecha bem o desfile.


Para Ronaldo Fraga, passarela é palco. Que seu desfile seria um show, todos já sabiam, mas o estilista se superou arrancando aplausos de uma platéia emocionada durante todo o desfie. Isso porque o casting era formado por simpáticos senhores e senhoras idosas que desfilavam ao lado de crianças. O espetáculo “Giz” serviu de inspiração para a coleção e foi parar nas estampas e nas formas. As formas são simples, vestidos retos, em forma de túnica, usados sobre leggins furadas, macacões, e modelagens que brincavam com o fraque para os homens. Tudo era preto, branco ou cinza, misturado com pontos de amarelo, rosa, vermelho e laranja. As modelagens simples vinham cobertas por texturas no tecido e cheias de estampas como o listrado que apareceu muito e várias ilustrações com cara de feito à mão.





Alexandre Herchcovitch trouxe para o seu desfile todas as suas marcas registradas, mas de uma maneira renovada. Paetês, listras grossas, estampas manchadas, alfaiataria e assimetria estavam lá em vestidos curtos com costas de fora, calças bufantes e paletós. O vestido smoking aponta um caminho mais clássico, e as peles que aparecem no final trazem o seu olhar sobre o luxo. O preto que nunca falta nas coleções do estilista reinou absoluto depois de uma sequência de vermelhos, rosa e azul.



Amazonas cheias de glamour dominaram a passarela de Tufi Duek, vestidas com preto e branco, couro, botas e metais. As botas longas e colantes são usadas com ponchos cheios de tachas, muitas franjas e decotes nas costas, quase sempre pretos ou com brilhos, a não ser pelos looks totalmente brancos que apareceram no meio do desfile. Além do couro, Tufi também usa seda, veludo e jérsei. As formas são quase sempre curtas e esvoaçantes, a não ser por algumas calças colantes que compõem o armário dessas mulheres poderosas.





Marcelo Sommer trouxe da Holanda as cores e a inspiração para sua coleção, que fez jus ao nome do estilista, cheia de roupas lindas e desejáveis, de acordo com o mercado. O azul e branco da porcelana holandesa foi parar em tecidos como crepes, sedas, veludos e lã, junto com umas pitadas de roxo e amarelo. A mistura de várias padronagens veio em terninhos, vestidos, minissaias e camisas com alguns babadinhos. Para os meninos, blazer, tricôs e calças mais largas.





O preto dominou o desfile de Lino Villaventura, que mais uma vez criou uma coleção cheia de looks deslumbrantes. Mas a cor foi apenas coadjuvante para as formas, em um trabalho artesanal e técnico que é marca do estilista. O tecido é cheios de trabalhos, nervuras e texturas que criam uma geometria preciososa em tecidos como tafetá de seda, tule, cepe e organza. A cor foi parar nos forros, e na entrada final as peças foram viradas do avesso, colorindo o desfile. Um final feliz para o segundo dia de desfile.