Entrevista: Jo Mistinguett

29.04.2011

Jo Mistinguett é uma forte representante da cena alternativa/underground brasileira que tem se destacado cada vez mais no país e no exterior. Formada pelo curso de Discotecagem e Produção Musical da Academia Internacional de Musica Eletrônica de Curitiba, Jo estreou na noite curitibana e alcançou o sucesso ao lado de Péricles Martins, com o duo Gomma Fou. Dentre as apresentações da dupla está o Festival Motomix de 2006, onde dividiram o palco com grandes nomes como Franz Ferdinand e Art Brut.

Com o fim do Gomma Fou, a artista criou seu projeto solo e totalmente autoral, Mistinguett Live. Jo viaja ao redor do mundo para promover sua música, conquistando novos fãs com suas influências new-wave, post-punk, synth-pop e electro-punk. Seus EPS estão disponíveis em seu site oficial. Fizemos uma breve entrevista com Mistinguett para saber um pouco mais sobre o rumo de sua carreira e planos para o futuro.



Quem acompanha a sua carreira certamente se lembra do Gomma Fou, parceria bem sucedida com Péricles Martins que terminou em 2007. O que mudou agora que você segue carreira solo?

Ah, com certeza mudou bastante coisa. Tanto que, o maior exemplo disso é que seguimos estilos diferentes. A minha carreira solo é quase biográfica, e agora penso em uma formação maior, de banda mesmo.

Como surgiu o projeto Mistinguett Live? Quais são suas principais influências agora?

Após o término do Gomma Fou, comecei a criar minhas próprias músicas. E cada vez mais fui entrando no universo post-punk. Como sempre fui DJ, a minha influência sempre foi Techno, EBM, Electro, e acabei misturando tudo isso.

Que artistas ou bandas você ouve nas horas vagas para se inspirar?

De mais recente, eu ouço bastante Gossip, Yeah Yeah Yeahs, Hercules & Love Affair. Mas o que curto mesmo para me inspirar é The Cure, Nina Hagen, Siouxsie, Kas Product, Mercenárias, Adult…

Sua música já a levou para vários países, como Alemanha, França, Portugal, Colômbia e diversas cidades brasilerias. Qual foi o seu lugar preferido para tocar? Por quê?

Já tive vários momentos. Adorei muito tocar na Colômbia, mas foi como DJ. O povo realmente entende o meu tipo de som, já que atualmente está cada vez mais difícil as pessoas aceitarem coisas novas ou coisas não mastigadas. Em SP na D-Edge também foi outro exemplo disso. Com o Live, adorei tocar na Alemanha e, em Portugal, na cidade de Coimbra, onde o show começou as cinco e pouco da manhã, e mesmo assim todos estavam super dispostos a pular e curtir.



Além do Mistinguett Live, quais são as suas apostas da cena curitibana?


Existem muitas coisas em Curitiba que eu nem conheço! Recentemente teve um festival muito bacana, Ruído nas Ruínas, e tive a oportunidade de conhecer um pouco melhor a cena curitibana. Entre todas as bandas que eu ví, pra mim, se destacaram: Confraria da Costa, Audac e Uh La La. Outro dia conheci também o Lexosset, gostei bastante. Adoro o Subburbia, e a recente banda das ex-integrantes, Quick White Fox.

Quais são as suas metas para o futuro? Em que áreas pretende investir?

Tenho trabalhado recentemente com sonoplastia para teatro, e acho que é uma área muito legal, que quero investir. No mais, continuo seguindo e deixando a maré levar cada vez mais meu projeto. O Mistinguett Live agora conta com o guitarrista Akio Garmatter, que inclusive compôs e fez todos os baixos do último CD e, também conta com Daniele Cristyne, fazendo os synths ao vivo. Queremos investir bastante numa sonoridade mais orgânica, sempre com o toque eletrônico.

Veja aqui o novo clipe do projeto Mistinguett Live, Steady Machine.

Imagem: Tiaguinho Santos

 

3 Comentários para “Entrevista: Jo Mistinguett”

  1. Lu disse:

    Mistinguett! Adooooro! Põe na revista impressa!

  2. Lydia disse:

    Muito boa a entrevista da Mistinguett, quero mais….

  3. disse:

    Faz tempo que curto o som da Jo Mistinguett, gostaria de ver fotos na revista.

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