Capismo, vampirismo, neo-gótico? O nome ainda não está bem definido, mas o que podemos notar é que a quantidade de capas pelos red carpets só aumenta. Gwyneth Paltrow (1) foi a primeira, lá no começo do ano durante o Oscar, quando apareceu com um Tom Ford branco, super minimalista, acompanhado por uma capa, também branca. Mas parece que o acessório foi ofuscado pelas pernas de Angelina Jolie, e quase ninguém tocou no assunto. Segundo a stylist da atriz, a adoção da capa foi inspirada nos modelitos da Jackie Kennedy, mas parece que o “capismo” vai muito além disso. Sabemos da volta do gótico, aquele ar obscuro que surgiu lá no comecinho dos anos 90 e que perdurou por um bom tempo. Outra referência também são as princesas, rainhas más e super-heróis borbulhando por aí em seriados e nos cinemas. Ou também o ar sombrio que lembra algo vampiresco inspirado em filmes dos anos 20 (outra década tendência) como Nosferatu ou o Dr. Calligari, filmes expressionistas da época.
Logo depois da aparição de Gwyneth, as capas também foram vistas na última temporada de moda em alguns desfiles, como Dolce & Gabbana (2) e Jason Wu, e o acessório foi quase estrelas principal. Logo depois Diane Kruger (3) e Madonna (4) foram a alguns eventos também com vestidos acompanhados de capas. Diane apareceu em Miami com um vestido preto com detalhes dourados de Jason Wu, num estilo mais “barroco”. Já Madonna investiu pesado no gótico e foi de vestido preto de veludo e capa de renda. Tudo preto.
E no último domingo três looks na festa do Metropolitan Museum, talvez inspirados pelo surrealismo de uma das homenageadas da noite, estavam acompanhados pelas capas. Lana del Rey (5), lembrando bastante o gótico, com uma capa preta, vestido prateado e o batom vinho. A it-girl Bianca Brandolini d’Adda (6) escolheu um look todo dourado, que por sinal, lembra algo de atrizes italianas da década de 60. Já Linda Fargo (7), vice-presidente da Bergdorf Goodman, foi a mais ousada da noite, com uma capa de Naeem Khan, surrealista inspired.
Julia Bittencourt