Um movimento novo tem ganhado destaque na internet, mais precisamente no Instagram, o “Food Art”. Artistas emergentes estão trazendo novos olhares para a comida, usando os mais variados ingredientes como materiais para suas obras.
Os trabalhos são quase sempre táteis, divertidas e inteligentes, que por vezes contam histórias e chama a atenção para questões sociopolíticas atuais de forma fresca e inesperada. Esse movimento foi detectado pela WGSN, e promete ganhar mais espaço nesse ano.
Rastreamos cinco perfis incríveis que levam o “Food ART” a outro nível, com uma estética diferente e refinada.
O designer mexicano Paul Fuentes usa sua imaginação para criar composições surrealistas e realistas, transformando objetos comuns do seu uso normal e oferecendo um novo graças à manipulação digital de imagens.
Suas obras são leves e criativas, uma fatia de limão torna-se um disco de vinil, uma salsicha encontra um emprego como um saco de boxe, ou um pedaço de queijo de repente se torna uma rampa de skate.
Esse projeto de arte colaborativo entre Phyllis Ma e a estilista Josie Keefe, baseados em Nova York cria fotografias e animações centradas em alimentos.
Eles lançaram vários vídeos e publicações impressas e criaram projetos especiais para marcas como Ace Hotel, Refinery 29 e Giphy.
Dentre alguns de seus trabalhos o “EAT THE PATRIARCHY” é uma série fotográfica em forma de cartões postais lançada em janeiro de 2017. O projeto veio como uma resposta à nova administração política de seu país, e sua ameaça para os direitos reprodutivos das mulheres. O valor arrecadado com as mesas foi doado para os abrigos femininos no Henry Street Settlement.
Emma Orlow
Emma Orlow é uma artista, curadora e escritora que procura maneiras de “fundir o mundo da arte com comida”. Ela trás em sua exposição “Food Art as Body Politics” idéias inovadoras na vida trabalhando com chefs e espaços de arte em vários projetos. Ela também vê o alimento como um meio profundamente pessoal para a auto-reflexão.
O seu projeto conceitual Scratc’n Snuff Studio teve seu evento de lançamento em novembro de 2017 e contou com instalações de arte comestíveis, o evento arrecadou dinheiro para um projeto de alimentação sustentável sem fins lucrativos baseada em Porto Rico.
MOLD
O projeto é a revista MOLD, que aborda exclusivamente pautas emergentes através da inovação alimentar e explora “como o design pode transformar nosso futuro alimentar”.
Seu fundador, LinYee Yuan, está desenvolvendo o projeto paralelo MOLD TV, que se trata de uma série documental sobre as pessoas que elaboram os sabores e os ingredientes do futuro”.
Um projeto com sede no Brooklyn comprometido em explorar novas formas de pensar sobre alimentos e consumo, abordando comida como fantasia e como meio de comunicação.
O artista Jen Monroe é o fundador da Bad Taste, em 2017 hospedou jantares de cores monocromáticas que exploravam a “estética de alimentos”, em que cada refeição estava disposta em torno de uma determinada cor. Sua pretensão era trazer um pouco do romance para os alimentos, e tornar toda a experiência “como uma pintura”.
As mesas foram decoradas com still life comestível, e havia um elemento performativo que incluiu um modelo de figura ao vivo, músicos clássicos e um dançarino.