O foco em conceitos importantes marcou o quarto dia de DFB, e encerrou com sucesso o quarto dia da maratona de desfiles. A desconstrução dos preconceitos a respeito da indústria da moda, foi tratada de diversas maneiras pelos estilistas que trouxeram a luz as pessoas comuns, religiosidade, a beleza interior de cada um e cenários que foram desde ilhas desertas e selvagens à tranquilidade dos campos. Confira o resumo de cada desfile, que contou com um lineup incrível.
Bikiny Society
A marca explorou em sua coleção de moda praia ALOHA com tons fortes e vibrantes, as peças representaram uma mulher selvagem que vive de natureza. Uma viagem feita pela estilista Paula Pinto, para a ilha Kauai no Havaí, serviu de inspiração para elaborar a coleção.
A estamparia contou com motivos orgânicos como bambu e folhas pintados à mão em aquarela. Os tons claros coloriram as peças mais fluídas, fazendo alusão as ondas do mar, já as cores mais vibrantes deixaram os biquínis e saídas de praia luxo nada óbvias. O artesanal também marcou presença na coleção através de crochês, bordados e tye dye.
O ritmo Folk embalou o desfile da marca, e revelou uma mulher praiana, que ama a natureza e é segura de si.
Johnson Cavalcante
Guerreiro Alagoano, festa típica brasileira, foi tema da coleção apresentada por Johnson Cavalcante. A celebração que acontece em Alagoas, comemora a chegada do menino Jesus que ocorre em novembro. As peças cheias eram de cor, decoradas com fitas como referência da festa. A mistura de religiosidade e e vários tipos de shapes, deixou o mix escolhido pelo estilista original e interessante. Oo mix de estampas floridas e cores vibrantes como o amarelo, branco, verde e o vermelho, deixaram as peças divertidas. Nos acessórios as cores também estavam presentes, e a terra vermelha foi representada na maquiagem. A coleção contemporânea celebrou com bom gosto e sutileza , valorizando a cultura brasileira na passarela.
Bruno Olly
Tudo que é criado, é criado pela força do incriado, do invisível, do indivisível, é força transcendente, externa que está fora da compreensão humana, os orixás”.
Bruno Olly, apresenta sua coleção inspirada nos Orixás, no candomblé, e no street style, transmitindo espiritualidade e modernidade. A cultura africana está representada deusa do amor Oxum, revelando peças com volumes, forma e recortes geométricos. As estampas foram inspiradas em xilogravuras, e foram enriquecidas com texturas, aplicações, crochê e bordado, trazendo a essência e contando a historia das entidades. Acessórios como pochetes, sapatos estilizados pela designer e óculos da marca Meu Óculos de Madeira. A união de religião e festividade criou uma coleção que celebra a regionalidade, quebrando paradigmas e provando que homens podem ser frágeis e femininos.
Ronaldo Silvestre
Ao som de Chico Buarque, Ronaldo Sivestre desfilou sua coleções “Memórias Afetivas de Ronaldo Silvestre”, que contou história de mulheres que marcaram a vida do estilista desde a infância até a vida adulta.
Delicadeza e suavidade foram os principais conceitos das peças, o estilista uniu a seda artesanal com rejeitos da Indústria do Luxo e uma renda feita a mão dos anos 70. Fluidez, transparência e processos handmade deram vida à coleção, nos detalhes rendas, bordados, drapeados e crochê foram os escolhidos. A paleta de cores uniu com tons suaves como azul, nude a vibrantes tons de vermelho, amarelo e verde. Acessórios folhados a ouro da marca CerraD’ouro, em formato de folhas, sementes, casulos do bicho da seda e galhos, junto a make clássica e marcante completaram os looks.
Tanden
As criações da Tanden flutuaram pela passarela do DFB, apresentando uma mulher poderosa e elegante, revelando peças fortes com leveza e sofisticação. Para a marca a mulher contemporânea significa versatilidade e adaptação, e acredita que as peças devem acompanha-las em todas as ocasiões. A modelagem e shapes seguiram a linha da contemporaneidade, com peças ora mais ajustadas, ora mais soltinhas. O campo foi a inspiração escolhida pela Tandem para definir as cores, conceito também usado na beleza desfilada. Parcerias com grandes marcas como Arezzo que foi escolhida para os calçados, a LOOL para os brincos e acessórios, e nos cintos e bolsas a marca Vongaw.
David Lee
externou todos os sentimentos mais profundos do ser humano em peças que mostraram pessoas reais.
O conceito apresentado por David Lee, foi “Externalize toda a sua subjetividade e mostre-se”, e buscou externar todos os sentimentos mais profundos do ser humano em peças que mostraram pessoas reais. O styling de Lee trouxe o questionamento sobre materialidade e imaterialidade, expressos em cores intensas, como o laranja, violeta, azul, preto, branco, cinza e off white. A escolha dos tecidos e materiais refletiram a modernidade da coleção, viscose, sarja algodão, linho e peças em crochê compuseram o mix criado pelo estilista.
A moda íntima também fez parte da coleção, juntamente com lenços e pochetes. Flores em contraste com um fundo negativo estamparam algumas peças, que casaram muito bom com as cores mais suaves escolhidas para compor os looks, trazendo equilíbrio visual.
Concurso dos Novos
Universidade Federal do Ceará
Universidade Federal do Piauí
Universidade Estadual de Santa Catarina
Estácio de Sá do Rio de Janeiro