Juliana Paiva
Estudante de moda apaixonado por ilustração, Júnior Babinski possui um estilo único que chama atenção para os detalhes. As referências barrocas são evidentes em seu trabalho e mostra que a ilustração de moda pode sair do convencional. Fizemos uma entrevista para entender melhor seu estilo.
Quando surgiu o interesse pelo curso de moda?
Sempre possuí um interesse pela ilustração de moda, desde pequeno. Enquanto cursava Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade do Estado de Santa Catarina, entrei em contato com uma professora de desenho do curso de moda da mesma universidade e, vindo assistir uma de suas aulas, vi a potencialidade de estudo na área. Logo, apaixonado por moda, transferi-me para o curso e comecei a me dedicar, acadêmica e profissionalmente.
Desde quando você faz ilustrações de moda? Antes disso fazia outro tipo de ilustração?
Desenho desde criança, por influência dos meus pais. Comecei ilustrando paisagens e pintando com óleo sobre tela. Mais tarde, desenvolvi outras técnicas e entrei no desenho da figura humana. Na arquitetura, dediquei-me mais ao desenho de observação, ao estudo de proporção, perspectiva, geometria, tridimensionalidade, luz e sombra. Sempre procurei aprimorar minha produção, das paisagens até hoje. Quando passei a cursar moda, passei também a dedicar-me à ilustração de moda, tanto aquelas de cunho artístico quanto aquelas humanas. Hoje estou estudando características físicas de tecidos (panejamento) para que meus trabalhos possam ser providos de melhor qualidade.
O que a moda representa em seu dia-a-dia?
Moda é ar. Inconscientemente, desde o acordar ao ir dormir, penso Moda. Seja a moda enquanto tendência, momento e expressão social; ou seja como História e sistema. Pensar moda tornou-se um ato automático para mim: desde o olhar mais clínico, o analisar de um mecanismo e da qualidade de produtos, ao estudo acadêmico das práticas socio-culturais e dos processos têxteis de ontem, hoje e amanhã.
De onde veio esse estilo barroco presente constantemente em seu trabalho?
Na infância, estudei em um conservatório de artes e, quando tive contato com a História da Arte, apaixonei-me pela escola barroca, pelo rococó e pelo art nouveau.Desde então, grande número de minha produção apresenta esta constante. E não só na ilustração: procuro, da melhor forma possível, colocar os arabescos e ornamentos que tanto gosto em meus trabalhos, independentemente do âmbito destes.
Seus trabalhos serão expostos na 3ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC, com dois trabalhos diferentes e no Congresso de Iniciação Científica e Pós Graduação Sul Brasil. Você pode encontrar mais ilustrações
aqui.