Se iniciou nesse mês a exposição “Items: Is Fashion Modern?” no Museu de Arte Moderna (MoMA) de New York, onde são explorados passado, presente e futuro através de 111 roupas e acessórios que tiveram forte impacto na moda dos séculos XX e XXI. O evento conta também com a presença de designers, engenheiros e fabricantes do ramo para traçar um paralelo dessas peças antigas e suas releituras e uso nos dias atuais. Tudo isso para levantar o questionamento de até que ponto a moda é atual e inovadora ou não.
Uma das peças trazidas na mostra foi a camiseta Breton, com as clássicas listras azul-marinho, em sua forma mais tradicional. Em 1858 as listras foram inseridas como uniforme da marinha da França, mas foi só em 1917 que ela se tornou item de moda, graças a Coco Chanel. Ícone de grandes nomes de Hollywood, como Audrey Hepburn, a peça tornou-se pra sempre um clássico do guarda-roupa casual.
“Uma peça de vestuário atemporal que comunica um cool acessível que é compreensível para homens e mulheres de todas as gerações”. É assim que a shirt é definida por Brian Trunzo, editor senior da WGSN menswear.
Literalmente atemporal, já que vemos as listras retornando à moda com frequência, sempre sem perder sua essência. Na temporada de 2018 ela apareceu em muitas passarelas e até com temas empoderadores, como foi o caso da DIOR, que já havia feito sucesso temporadas atrás com o “We Should All Be Feminists”. Em seu verão 2018 a marca traz a clássica breton com os dizeres “Why Have There Been No Great Women Artists”, que tem tudo para fazer tanto sucesso quanto a primeira, já que a label soube pegar um assunto muito em voga e transformar de uma maneira inteligente em algo comerciável para seus consumidores.
O Items: Is Fashion Modern? traz também uma visão de tecnologia para seus visitantes, com um projeto Bret.On, idealizado pela startup Unmade. Tudo gira em torno de um protótipo que permite que você brinque com o padrão de listras breton em uma tela touch screen. O projeto visa a personalização de peças resultando em um produto exclusivo para cada cliente, com um toque surrealista. Muitas marcas já estão bebendo dessa tendência de personalização, pois captaram essa necessidade do consumidor do século XXI de se sentir único e refletir isso no que obtém, mesmo que esteja comprando algo que já é considerado um clássico, como as breton shirts.
A exposição vai até janeiro do próximo ano. Para mais informações acesse o site do MoMA clicando aqui