Direto da Ucrânia

13.06.2012

“A partir do momento que você tenta fazer com que os outros gostem de você, é como se cometesse suicídio artístico.” A frase da dupla Roman Noven e Tania Shcheglova define o estilo de suas obras: fotografias altamente autorais, repletas de interferências, efeitos de flash inusitados e uma estética bastante europeia. Conhecidos pelo pseudônimo Synchrodogs, os ucranianos têm conquistado seu espaço na moda cada vez mais, ao assinar projetos da Urban Outfitters e campanhas das estilistas Masha Reeva e Anna October. Sem falar das aparições nas principais revistas internacionais do mercado e em exposições em sua terra natal. Por isso, deixamos um pouco do trabalho dos fotógrafos aqui como inspiração para você.

Acervo pessoal

Campanha Anna October

Campanha Masha Reva

Projeto "Around the World" da Urban Outfitters

 

A biografia ilustrada de Hunter S. Thompson

25.05.2012

 

Uma das principais manifestações artísticas da cultura pop, os quadrinhos ganharam ainda mais força no novo milênio com as readaptações cinematográficas das aventuras de superherois e produções mais obscuras, como as filmagens de Sin City e 300. A cada ano, novos ilustradores se inspiram nas obras de Jack Kirby, Robert Crumb e Frank Miller para contar suas próprias narrativas em “graphic novels”.

 

O que uma vez foi restrito à ficção, com poucas compilações destinadas exclusivamente para adultos, hoje é publicado em diversos gêneros – inclusive o biográfico. O mais recente ícone pop a ganhar sua história de vida ilustrada é o infame jornalista Hunter S. Thompson, autor dos clássicos Hell’s Angels e The Rum Diary (que acaba de virar filme, com Johnny Depp como protagonista). Gonzo: A Graphic Biography of Hunter S. Thompson uniu o escritor Will Bingley e o ilustrador Anthony Hope-Smith para descrever a trajetória de um rapaz desiludido de Louisville que virou um dos maiores representantes da literatura americana.

 

 

Camila Beaumord

Imagens: Gonzo: A Graphic Biography of Hunter S. Thompson

 

Louis Vuitton & Yayoi Kusama

24.05.2012

A Louis Vuitton está preparando uma coleção com a colaboração da artista japonesa Yayoi Kusama. Jacobs conheceu a artista plástica em 2007, durante as gravações do documentário Marc Jacobs Louis Vuitton, na época, levou diversos elementos do trabalho da artista para a passarela. O estilista, que é apaixonado pela “bolinha”, batizou seu último lançamento de perfume de DOT, com a embalagem no formato de uma joaninha.

 

“A equipe de Kusama chegou com algumas sugestões e a gente fez um brainstorm reunindo várias outras ideias. Criamos matérias e também acessórios, bolsas, sapatos, tecidos e mandamos para ela de volta. Ela aceitou tudo quase sem exceções, de uma maneira muito favorável”, disse Jacobs durante a entrevista que ilustra o hotsite da colaboração.

 

A coleção terá estampas aplicadas não apenas em bolsas e sapatos, mas em um vasto universo de produtos como pijamas, casacos e joias. A primeira parte da coleção chegará às lojas em junho, já em Outubro uma nova leva de produtos, de bolsas e acessórios em couro, com os famosos monogramas da marca personalizados pela artista.

 

E quem não pode pagar pelos produtos, não vai ficar na vontade. A Louis Vuitton preparou para seus fãs um aplicativo para Iphone, que também será lançado em Junho. Nele o usuário poderá customizar fotos com motivos da coleção e compartilha-las nas redes sociais.

 

 

 

 

 

 

Julia Bittencourt
Imagens: Reprodução

 

Para inspirar: Douglas Lyle Thompson

8.05.2012

Não é raro ouvirmos falar de artistas que encontraram inspiração ao visitar a ensolarada Califórnia. Com Douglas Lyle Thompson, ocorreu o oposto: ao descobrir sua paixão pela fotografia aos 17 anos, o californiano se mudou para Nova York depois da faculdade para investir na carreira. E que carreira! Douglas assinou campanhas para a Puma, 3.1 Philip Lim, Google e suas imagens estamparam editoriais de revistas como InStyle, Wallpaper, Numéro Tokyo, Men’s Health, Condé Nast Traveler, Life & Leisure e, é claro, a NY Magazine.

 

Thompson hoje mantém um escritório do Brooklyn (“Me esforço para deixar meu espaço de trabalho e meu lar separados,” declarou uma vez em entrevista) e é representado pela agência i2i Photography. Conhecido principalmente por suas imagens de lifestyle, o fotógrafo mantém um padrão de estética de luz natural, o que garante um efeito retrô às imagens. Isso, quando combinado a uma locação de praia ou deserto, mostra que você pode tirar o garoto da Califórnia, mas não a Califórnia do garoto!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dentre seus projetos pessoais, Douglas “cultiva” um diário fotográfico de todos os quartos de hotel por quais passou desde 2012. Conheça alguns abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A gota d’ Arte

3.05.2012

Em um mundo onde vivemos em ritmo acelerado, com acesso a informações que chegam e tornam-se obsoletas com igual velocidade, acabamos – sem escolha e algumas vezes sem nem mesmo perceber – correndo todos os dias contra o tempo.

 

É tanta rapidez que muitas vezes acabamos não parando para observar detalhes. Elementos que são comuns em nosso dia-a-dia não recebem tanta atenção e, por isso, não percebemos que frações de segundo carregam uma beleza tão singular que requerem reflexão, olhar refinado e tempo. Tentativa e erro. Até que seja possível entender a poesia de que são feitos os elementos mais simples.

 

Em contrapartida, uma percepção artística desses pequenos detalhes está sendo trabalhada cada vez com maior frequência e aparece como uma fuga dessa realidade desenfreada. Vemos exemplos disso enquanto o artista italiano Alberto Seveso captura a dança de tintas na água em “a Due Colori” e o fotógrafo alemão Heinz Maier transforma gotas de água em obras de arte.

 

Amador, Maier começou a fotografar no final de 2010 e definiu essa arte como o melhor caminho para relaxar durante o seu tempo livre. Desde então, passou a explorar as mais diversas técnicas na área e recentemente tornou a fotografia macro seu novo experimento. Coloridas gotas de água são disparadas por um aparelho especial, para que um simples clique revele seus complexos segredos. Incrivelmente, descobrimos o aspecto surreal que carrega um elemento tão corriqueiro de nossos dias. Uma sensação de liberdade estática que essas imagens conseguem transmitir de maneira tão sutil.

 

 

 

 

 

 

 

 

Veja mais aqui.

 

 

Emanuele Lazzari

Imagens: Heinz Maier

 

Elio Fiorucci: Palavras sábias de uma lenda da moda

25.04.2012

Um homem que revolucionou os padrões de estética de sua época e soube traduzir com perfeição o movimento cultural que chacoalhou os anos 1970 para a linguagem de moda. Elio Fiorucci, fundador da grife italiana que leva seu sobrenome, é uma das grandes referências de nosso tempo. Muito antes das “Concept Stores” ganharem seu espaço nas ruas das metrópoles fashion, Elio trabalhava na curadoria de sua própria loja, ao revender livros, discos e arte junto às roupas, escolher as músicas dos Beatles para sair dos altofalantes e contratar conceituados arquitetos para decorar toda a estrutura interna dos pontos de venda. O segredo visionário de Fiorucci? “[A marca] teve a sorte de nascer em uma época em que a moda era muito rígida, então tudo que fazia era revolucionário,” revelou o criativo para nossa equipe durante o encontro realizado em Florianópolis pela Universidade do Estado de Santa Catarina. “E sempre soube que a criatividade não pode ser barrada por medos. Se você acredita que tem um projeto bom o suficiente, é necessário superar os seus medos para depois quebrar os paradigmas.”

 

 

Filho de sapateiro, Elio passou boa parte da infância e adolescência “fugindo” das obrigações escolares para acompanhar o pai nos negócios. Foi quando percebeu o quanto gostava de interagir com as pessoas no dia a dia, e que a moda e o mercado tinham algo fundamental em comum: as relações humanas. Em viagens à efervecente Inglaterra dos anos 1960, Elio começou a traçar o começo da Fiorruci e, ao se acomodar em Nova York na década seguinte, inspirou-se na Pop-Art para introduzir o que se transformariam em marcas registradas, como a estampa patenteada dos desenhos da Disney em roupas para adultos. “Minha criatividade foi muito desordenada,” brinca o estilista. Rodeado de criativos como Andy Warhol, Basquiat e Madonna, o designer se envolveu em diversas manifestações culturais (o lançamento da revista Interview, por exemplo, aconteceu em sua boutique novaiorquina, assim como a recepção para a abertura da Studio 54), mas sempre mantendo o bom relacionamento com os clientes em primeiro lugar. “Ensinei para as vendedoras: se alguém sair da loja sem comprar nada, sorria ainda mais. Pois, quando ela puder, voltará e comprará ainda mais!”

 

Mas o plano de negócios de Fiorucci não comtemplava apenas as artes e o atendimento aos consumidores. O estilista é mestre trazer o apelo moderno e cool a peças tipicamente comerciais. “A moda é para usar. Caso contrário, teria lugar apenas em um museu. Mas a moda não é um quadro; tem que ser vestida, usada!” enfatiza Fiorucci. “A criatividade não é só pegar um pedaço de papel e fazer algo novo. É também reinventar, reinterpretar o que já existe,” conclui.

 

 

Em meados dos anos 1990, a grife Fiorucci foi vendida a um grupo japonês. Mas seu fundador ainda cria ativamente para a nova marca Love Therapy, cujo carro-chefe é o jeanswear, contrapondo às divertidas camisetas com estampas e frases. “Foco em criar aquilo que é belo, então trabalhar com um grande público não é problema algum,” explica Fiorucci quando perguntamos sobre os desafios de produzir para um amplo target de mulheres entre 4 e 25 anos. “O que é belo, dura para sempre. Aquilo que é bem feito, que tem beleza, tem duração longa na vida das pessoas.”

 

Para a animada plateia que lotou o auditório da Fundação Cultural Badesc na expectativa de ver o lendário designer, Fiorucci ofereceu sábias palavras: “Não é só o dinheiro que nos leva na vida. É o amor. Amem sempre, não importa se você for abrir uma floricultura, uma verdureira ou uma loja de roupas. Tudo que conquistei não foi almejando o dinheiro, e sim o amor.”

 

 

Reportagem: Camila Beaumord e Juliana Berkenbrock

Imagens: Juilana Berkenbrock

 

a Due Colori

24.04.2012

Cores são expressivas. Já comentamos aqui como elas tem o poder de trazer vida a lugares que talvez julgássemos mortos e destruídos, como suas vibrações aguçam os sentidos e transmitem diversas mensagens. O significado está muito além da beleza óbvia que estampam e um resultado que mereça ser chamado de “obra de arte” deve abrir caminhos para reflexões que até então não tínhamos levado em consideração.
 

Em imagens de tirar o fôlego, vemos a totalidade das cores transmitindo tantas mensagens quanto for possível imaginar. Com uma delicadeza nórdica, o artista italiano Alberto Seveso consegue captar detalhes que se aproximam intimamente de nossas sensações em um trabalho intitulado “a Due Colori”. Passando de suaves a bruscas em questão de segundos e pontos de vista, as cores dançam e se enlaçam de uma forma tão bela que é quase impossível parar de observar e de imaginar significados.

 

Com fotografias em alta velocidade são captadas imagens de duas cores de tintas derramadas, misturando-se na água. O processo, que já é belíssimo em tempo real, ganha proporções poéticas quando flagrado em uma fração de segundo.

 

 

 

 

 

 

 


 

O artista freelancer trabalha em sua cidade natal, Portoscuso, na Itália, com artes gráficas para empresas de pequeno, médio e grande porte. Começou a trabalhar com arte no início dos anos 90, mas o aprofundamento no campo gráfico é recente. Seus trabalhos carregam uma autoralidade que brinca com cores, formas e verdadeiras explosões de significados.

 

 

Emanuele Lazzari

 

O Silêncio das Cidades

18.04.2012

O silêncio é quase uma necessidade para todos nós. Precisamos, todos os dias, de alguns minutos sem ouvir e nem precisar prestar atenção em nada. Mas o silêncio causa uma sensação um pouco esquisita, para nós, que estamos acostumados com informações a todo tempo. Há também aquele silêncio atormentador após uma briga, que duram segundos que parecem séculos. Há o silêncio após o beijo. O silêncio de tristeza, o não querer falar nada. Apenas estar em silêncio.

 

Apesar de ser uma sensação auditiva, existe algo de fantástico do silêncio, que podemos sentir ele através de imagens. E foi pensando nisso que o casal de fotógrafos Lucie e Simon realizou a série de fotografias Silent World. Entre 2009 e 2010 o casal capturou imagens de lugares movimentados em diversas cidades ao redor do mundo como Nova Iorque, Paris e Pequim em momentos de completo silêncio.

 

E o mais interessante: as fotos não receberam nenhum tipo de tratamento, foram apenas tiradas em horários e dias de pouco movimento, dando as fotos um aspecto quase apocalíptico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagens: Reprodução

 

Vibrações Coloridas

12.04.2012

É impressionante como as cores tem o poder de acrescentar vida aos mais diferentes lugares, mais conservados ou degradados ambientes. E quando encontramos um trabalho que traduza isso, conseguimos dimensionar o quão inconstante é a percepção do que consideramos, ou não, belo.

 

A artista de rua espanhola Nuria Mora é mundialmente conhecida por seus grandes murais abstratos. Coloridos e geométricos, parecem ter sido feitos sob medida para paredes um tanto destruídas e abandonadas, onde poucas pessoas conseguiriam enxergar vida. Com uma percepção simples e espontânea, a artista deixa sua marca registrada na vibração das cores e formas, em uma delicadeza tipicamente feminina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Veja um divertido vídeo feito por Nuria, que mostra alguns de seus trabalhos:

 

 
 

Emanuele Lazzari
Imagens: Nuria Mora

 

Luz nas Vielas

27.03.2012

Projetos sociais de arte nas favelas estão ganhando espaços e proporções maiores a cada dia. Além da beleza que torna-se visível ao mundo inteiro, cultura e alegria são disseminadas entre os moradores da comunidade e os demais envolvidos no projeto, como podemos ver em iniciativas como o “Luz nas Vielas”, do coletivo criativo espanhol Boa Mistura.

 

Formado por cinco mentes criativas, Rubén (Engenheiro Civil), Pablo (Ilustrador), Pablo (Designer Gráfico), Juan (Bacharelem Belas Artes) e Javier (Arquiteto), o coletivo criativo nasceu em Madri, com o objetivo de desenvolver trabalhos em vários campos a partir das tendências mais avançadas de graffiti e pinturas de murais nas ruas, design gráfico e ilustração.

 

“5 cabeças, 10 mãos, um coração”. É dessa maneira que referem-se a seu trabalho. “Antes de tudo, somos cinco amigos que nos conhecemos há mais de dez anos pintando graffiti no mesmo bairro”.

 

Desde a sua criação, em 2001, o Boa Mistura estava com um pé no Brasil, já que o nome escolhido para o coletivo foi uma homenagem a nós, brasileiros. Juntando o sonho de visitar o nosso país e uma oportunidade de trabalho, vieram realizar algo até então impensado. A Vila Brasilândia foi a tela em branco para o projeto Luz nas Vielas.

 

 

 

 

 

 

Encantados com o belo trabalho realizado pelos artistas, conversamos com o Boa Mistura para entender o processo desse projeto, a mensagem que ficou estampada aqui e as experiências que foram levadas para casa:

 

Catarina: O que os influenciou a escolher o Brasil para a realização desse trabalho?

Boa Mistura: Para nós era um sonho viajar para o Brasil. Sempre nos identificamos intimamente com o país e somos fãs de muitos dos artistas urbanos brasileiros. Na verdade, o nosso nome “Boa Mistura” é uma homenagem.

O gatilho foi um convite da Embaixada da Espanha no Brasil para ver o trabalho que tínhamos feito na África do Sul, então propusemos um projeto no Brasil. Eles poderiam financiar parte, e nós, embora tivéssemos que providenciar o restante de nossos bolsos, não paramos para pensar em nenhum momento. Se somaram ao projeto as empresas Montana Colors e Singapore Airlines, e graças a eles conseguimos parte das passagens e da pintura.

 

C: Qual foi o ponto de partida para a criação do conceito do projeto?

BM: Quando pousamos em São Paulo, não só nós sabíamos o que iríamos fazer, como tampouco onde. Graças à generosidade do artista Jaime Prades e André Palhano (diretor da Virada Sustentável), entramos em contato com Dimas. Ele é morador da Brasilândia, e está tentando dinamizar a cultura no local. Nós fomos lá para visitar, e ficamos apaixonados.

O nosso processo criativo é lento. Precisamos viver, sentir, cheirar, tocar o lugar. Para compreende-lo e sermos capazes de fazer um projeto “na medida”, único.

Nós nos mudamos para viver com a família de Dimas (que hoje é nossa família), e assim pudemos sentir o dia-a-dia da Brasilândia.
Logo descobrimos que os becos e vielas eram a essência da vida na favela. E foi por eles que intervimos ali. Eles são lugares de passagem dos moradores, de acesso às casas, de conexão de uns lugares a outros, e nos parecia importante interagir lá, com os moradores. Trabalhar nas vielas com eles, de mãos dadas. Compartilhando.

 

C: Como foi a execução do projeto na Vila Brasilândia?

BM: A reação da comunidade foi incrível. Nos receberam como se fôssemos de lá desde o primeiro momento. E se animaram espontaneamente a trabalhar conosco. Esse foi o fator chave, o envolvimento. Foi um contato mutuamente enriquecedor. Sem esse apoio nada teria feito sentido.

 

C: O que vocês puderam aprender através do contato com as crianças e moradores da comunidade?

BM: Nós voltamos com muito mais do que deixamos lá. Brasilândia é um lugar onde as crianças sorriem enquanto empinam suas pipas. Em cada uma das casas nos ofereceram café, suco, um prato para comer. Sua generosidade e carinho foram infinitos. Foi uma lição de vida. Com as crianças nós passamos os melhores momentos da nossa estadia. Estamos ansiosos para retornar.

 

C: Esse projeto está carregado de significados, que são interpretados de diferentes formas por cada pessoa. Do ponto de vista de vocês, que mensagem foi compartilhada com o Luz nas Vielas?

BM: São palavras de força e inspiração para o dia-a-dia de cada pessoa que passe por ali. Para nós, representam o que sentimos lá. BELEZA pelo que nos rodeia; FIRMEZA para atingir um objetivo; ORGULHO por termos alcançado; AMOR entre nós e a DOÇURA de cada pessoa que conhecemos.

 

C: Vocês já haviam realizado algum projeto no Brasil antes desse?

BM: Não, foi a nossa primeira vez.

 

C: E agora, pretendem fazer novos trabalhos por aqui?

BM: Claro. Sempre que for possível nós gostaremos de voltar. Se aparecer algum projeto aí, nós iremos encantados. O Brasil nos recebeu de braços abertos e, na Brasilândia, temos um bairro para voltar e uma família para visitar.

 

 

 

 

 

 

 

Emanuele Lazzari

 

The Creators Project vem ao Brasil

11.07.2011

Lançado em 2010, o The Creators Project é uma iniciativa mundial contínua dedicada a apoiar artistas que procuram realizar suas visões criativas com a utilização da tecnologia. O projeto partiu das empresas Intel e Vice, e inclui uma comunidade online, um estúdio de criação de conteúdo e uma série global de eventos, que virá ao Brasil entre os dias 29 e 31 de julho.

Com sede no Pavilhão da Bienal, o evento contará com a participação de artistas, músicos, cineastas e designers do mundo inteiro na realização de instalações multimídias, exibições de filmes, painéis de discussão, oficinas e shows. Dentre as atrações está a mostra do filme Scenes from the Suburbs, feito pela parceria entre o cineasta Spike Jonze e a banda Arcade Fire, a instalação Life on Mars Revisited (colaboração entre Mick Rock, Barney Clay e David Bowie) e shows internacionais dos grupos Atlas Sound e Charlifit.

Se você estiver em São Paulo no final do mês, não perca essa incrível reunião de artistas. A entrada é gratuita, basta apenas confirmar presença no site do evento.

 

Chapéus voadores

29.06.2011

Lembra da abertura do programa Mary Tyler Moore Show, quando a protagonista joga seu chapéu para cima com alegria enquanto caminha em uma avenida movimentada? Tá, fui looonge (lá nos anos ’70) com essa, mas parece que a ideia de acessórios voadores nunca sai de moda. Recentemente, o trabalho de um dos chapeleiros mais renomados do Japão foi exibido dessa maneira. Mais de 4000 chapéus “fantasmas” foram pendurados para compor a exposição Spiral Garden, em Tokyo, servindo como suporte para mostrar os acessórios reais de Akio Hirata. Quem assina a instalação é a agência Nendo, uma das mais exclusivas na área de branding no Japão.