O Segredo Revelado

16.03.2012

O famoso casaqueto preto, desde que foi desenhado por Coco Chanel nos anos 50, tornou-se um ícone da Chanel. Reinventada a cada estação, é também tema do novo livro de Karl Lagerfeld, que terá fotos de atrizes, modelos e celebridades vestindo a peça. Segundo o estilista, a peça “é um dos símbolos que definem o estilo da Chanel.”

 

E para celebrar a famosa peça, a Chanel fez um vídeo mostrando cada parte da criação do casaqueto, desde o desenho no sketch até o produto finalizado.

 

 

Indicadas ao CFDA

15.03.2012

Todo ano, o Conselho Americano de Moda destaca os designers por seus méritos e contribuição para a moda do país, através do CFDA Awards. As gêmeas Olsen, com sua marca The Row, recebem sua primeira nomeação, competindo ao lado de grande nomes como Marc Jacobs ou Lazaro Hernandez e Jack McCollough, da dupla Proenza Schouler.

Os prémios CFDA 2012 incluem também outras nomeações inéditas, como é o caso de Johnny Depp, que levou o prêmio de Figura Icônica. Conheça a lista completa abaixo:

 

Moda feminina

 Marc Jacobs
Ashley & Mary Kate Olsen – The Row
Jack McCollough & Lazara Hernandez – Proenza Schouler

 

Moda masculina

Patrik Ervell
Billy Reid
Simon Spurr

 

Acessórios
Alexander Wang
Reed Krakoff
Jack McCollough & Lazaro Hernandez – Proenza Schouler

 

Novos talentos em moda feminina (Prêmio Swarovski) 

Joseph Altuzarra
Chris Peters & Shane Gabier for Creatures of the Wind
Max Osterweis & Erin Beatty for Suno

 

Novos talentos em moda masculino (Prêmio Swarovski)

Antonio Azzuolo
Todd Snyder
Phillip Lim

 

Novos talentos no ramo de acessórios (Prêmio Swarovski)
Tabitha Simmons
Pamela Love
Irene Neuwirth

 

Geoffrey Beene Lifetime Achievement Award (conjunto da obra)
Vencedor: Tommy Hilfiger

 

Estilista internacional
Vencedor: Rei Kawakubo

 

Mídia (Prêmio Eugenia Sheppard)
Vencedores: Scott Schuman & Garance Doré

 

Figura icônica:
Johnny Depp

 

Sob a óptica dos líderes de depois de amanhã

13.03.2012

Você pode chamá-los de “Geração Índigo”, termo adotado por parapsicólogos americanos nos anos 1980 para descrever crianças hipersensíveis e com altíssimo nível de inteligência, cujos cérebros respondem aos estímulos provocados pelo bombardeio de informações com muito mais facilidade. Você pode chamá-los de “Geeks”, denominação também americana para aqueles fissurados por tecnologia, ficção científica, comics e novidades. Ou pode não chamá-los de nada, pois ainda  não se deu conta de que eles já estão entre nós.

 

Isso mesmo. Os primeiros representantes da Geração Y  – que muitos ainda quebram a cabeça para entender – hoje são pais, e seus filhotes cairam de paraquedas no universo dos tablets, TV em 3D, smartphones (e me refiro aos smartphones de hoje, não aqueles primeiros Blackberries lá de 2002 que, se formos comparar, nem eram tão “espertos” assim), carros com Park Assist e profissões como blogger, trend hunter e social media manager. Ainda é cedo para afirmar como será a visão de mundo dessas crianças, mas já temos uma prévia de como elas se comportam.

 

Em primeiro lugar, apresentamos a adorável Julie, que conquistou o escritório inteiro antes mesmo de seu vídeo carregar até o final por ser, coincidentemente, xará de nossa produtora. Seu tutorial de como fazer um “make” para festa caiu na rede no começo da semana, gerando risadas e comentários carinhosos. Dê uma olhada no vídeo e, em vez de se prender às “dicas” de Julie, pedimos que observe os modos da garota de quatro aninhos. Repare como linguagem tão característica dos blogs de moda é interpretada naturalmente.

 

 

Ainda mais jovem que Julie, este bebê virou sensação da Internet quando tentou clicar e ampliar textos de revista. Nas palavras de seus pais: “Para minha filha de um ano de idade, uma revista é um iPad que não funciona”. E quem pode dizer que essa perspectiva é errada?

 

 

Camila Beaumord

 

Exposição mostra vida e obra de Diana Vreeland

13.03.2012

Como já mostramos aqui no site, o mundo da moda vai muito além das passarelas e revistas. Vários estilistas já ganharam exposições em sua homenagem em diversos museus pelo mundo (como, por exemplo, a exposição multimídia sobre a obra de Jean Paul Gaultier). Mas além dos estilistas, personalidades do mundo da moda, com sua história e objetos, acabam tornando-se personagens interessantes para exposições. É o caso de Diana Vreeland, colunista e ex-editora-chefe de revistas como Harper’s Bazaar e Vogue America.

 

 

Diana Vreeland nasceu em Nova York no começo do século passado. Filha de banqueiro e uma socialite, a editora passou  toda sua infância em Paris, migrando para os Estados Unidos às vésperas da I Guerra Mundial. Após seu casamento com um banqueiro, de quem trouxe o sobrenome Vreeland, Diana foi para Londres para escapar da Grande Depressão americana e montou uma empresa de lingerie.

 

Quando voltou para sua cidade natal, Diana começou a trabalhar como colunista na Harper’s Bazaar, revista onde trabalhou por 25 anos, saindo de lá apenas para ocupar o cargo de editora-chefe da Vogue America. De temperamento difícil e frases memoráveis, como: “Elegância é a recusa” ou “A maior vulgaridade é qualquer imitação de juventude e beleza”,
DV mudou completamente a visão do jornalismo de moda dentro das revistas. Deu espaço para modelos de “beleza estranha” como Twiggy, Verushcka e Lauren Hutton, criando as chamadas “modelos celebridade”. Além das tops, Diana foi a primeira editora a direcionar pautas com foco no bem-estar e cuidados com o corpo.

 

 

 

 

A editora morreu no ano de 1989 e deixou um legado imenso para o mundo da moda. Mais de 20 anos após sua morte, a exposição “Diana Vreeland after Diana Vreeland”, no Museu Fortuny, em Veneza, exibe para o público um vasto registro da vida de Diana, vestidos de YSL e Balenciaga, fotografias e objetos pessoais, e o mais importante: um resumo do trabalho editorial de DV durante os anos como editora-chefe da Harper’s Bazaar e da Vogue.

 

 

 

Julia Bittencourt

 

Transformação urbana

12.03.2012

Não é raro encontramos notícias de bairros tradicionalmente mal vistos pela população de uma cidade que recebem “make overs” da prefeitura com o intuito de impulsionar o turismo local. A mais nova região a ganhar uma transformação é a TriBall (uma abreviação de Triángulo de Ballesta, um triângulo imaginário margeado por essa rua) em Madrid.

 

Por anos, o bairro do século XVIII esteve associado a drogas e prostituição e, portanto, era devidamente ignorado por grande parte da capital espanhola. Mas em 2008, alguns comerciantes madrilenos perceberam a beleza da paisagem ao redor (que contempla igrejas com mais de 400 anos e um belo teatro do século retrasado) e o charme das estruturas antigas. Após uma boa limpeza, os imóveis da área foram recuperados para atrair artistas, estilistas e chefs aos espaços antes ocupados por bordeis e sex shops.

 

Bairro TriBall; crédito: Ecossistema Urbano

 

Não demorou para o comércio local reflorescer com novas lojas, bares e restaurantes. A novidade agradou tanto que o TriBall recebeu o apelido de “novo SoHo” de Madri. Dentre os empreendimentos, está a adorável gük, do casal de irmãos Angel e Montse Sanchez. De origem basca, o nome da loja significa “nós” ou “nosso”, contendo tudo aquilo que os fundadores acham encantador e que queiram compartilhar.

 

 

 

 

Isso incluí acessórios de novos designers espanhois e coleções de grifes escandinavas, como Becksondergaard, Stella Nova e Mads Norgaard (Dinamarca), V Avenue Shoe Repair (Suécia) e Junk de Luxe (Columbia Britânica). “Somos a primeira fashion store do país com foco na moda escandinava,” conta Montse. Apropriadamente, a madeira clara, combinada com detalhes minimalistas e mobília restaurada (que também está a venda) compõem a estética do espaçoso ambiente. “A moda nórdica pode parecer um conceito estranho aqui [na Espanha], mas as pessoas de nossa vizinhança, sejam jovens ou até mesmo senhoras, buscam algo diferente,” garante a fundadora. Ponto para o TriBall.

 

 

Camila Beaumord
Imagens: Divulgação

 

Beauty trends

9.03.2012

 

Conheça as principais propostas de beleza da temporada de Outono/Inverno 2012/13, em nossa pesquisa de tendências das principais semanas de moda internacionais. O download é gratuito!

 

Lares Flutuantes

9.03.2012

O fato de transformar um barco em uma casa não é novidade alguma. Porém, essa ideia cresceu de tal forma que incontáveis evoluções surgiram com o passar do tempo e diversos projetos estão sendo elaborados, sempre com o objetivo de maior estrutura, grandiosidade e, é claro, sustentabilidade.

 
As casas-barco dividem-se em dois grupos: as construídas com as tradicionais quilhas em V e as que foram designadas em plataformas que se assemelham a apartamentos. Do ponto de vista estético, apenas o fato de viver sobre a água já é um atrativo sem igual, aliado a isso, as moradias apresentam design contemporâneo e diferenciado, proporcionando aos inquilinos diversas sensações de bem-estar. E esse prazer em morar bem, em viver a tranquilidade, é a aspiração que guia um grande número de pessoas pelo mundo inteiro.

 
“Viver numa casa flutuante é como um regresso ao contato com a natureza, mesmo vivendo muito perto do centro da cidade.” Sascha Akkermann, criador da Silverfish Schwimmhaus.

 
Esse tipo de moradia está sendo analisado como uma alternativa mais sensata às propostas pensadas para as zonas alagadas junto aos rios e também como oportunidade de melhor utilizar os terrenos nas cidades. “As casas flutuantes, ou casas-barco, permitem fazer um melhor uso de zonas abandonadas nas docas das cidades, evitando assim a criação de aterros para posterior construção.” David Beard, diretor executivo da Floating Concepts.

 
Foi em 2009 que Flo Florian e Sascha Akkermann, da empresa de design Confused Direction, lançaram a Silverfish. A moderna casa de 40 metros quadrados apresenta uma proposta atraente de sustentabilidade. Construída em madeira leve e revestida com material altamente tecnológico, tem um telhado com revestimento de relva que isola e serve ao mesmo tempo de área comum. Uma janela pode ser movimentada na direção do sol, fazendo com que o interior possa ser aquecido por fontes de energia naturais e, além disso, o banheiro é uma Eco-WC que economiza recursos hídricos.

 


 
Já o Lausitz Resort, na Alemanha, tem foco no luxo e no design diferenciado. Localizado no Lake Geierswalde, o hotel oferece modernos apartamentos com uma vista estonteante. A paisagem do Seenland Lausitzer é ideal para caminhadas, ciclismo e equitação. O local ainda inclui passeios de windsurf, barco e vela. Comunicam-se em uma linguagem que reforça ao cliente toda a exclusividade que o espera por lá.

 


 
Mas as expectativas sobre as casas flutuantes vão muito além do lazer e bem-estar, elas são verdadeiras apostas para o futuro da vida na terra. Designado pela artista Mary Mattingly, com colaboração de outros profissionais, o Waterpod é uma ilha flutuante construída em madeira reciclada, metal, plástico e tecidos. É projetado para rodar utilizando energia das ondas, solar e eólica. Uma unidade habitacional auto-suficiente à base de água, projetada no coração de Nova Iorque.
 
“Em preparação para o futuro do nosso mundo que vem com aumento da população, diminuição das terras utilizáveis e maior fluxo nas condições ambientais, as pessoas precisam confiar na colaboração em comunidades imediatas e olhar para os modelos de vida alternativos. Waterpod é móvel e nômade e, como uma aplicação para o futuro, pode concretizar a noção de estrutura permanente, ao mesmo tempo servindo como composição, transporte, ilha e residência.” Mary Mattingly.

 

Construção do Waterpod no Brooklyn Navy Yard, em 2009. Fotografia por Mira Hunter.

 
 
Conheça outros projetos e inovações desse setor:

 

 
 
Emanuele Lazzari 
 
imagens: divulgação

 

Voo livre

9.03.2012

Ultimamente, temos falado aqui no site de vários talentos que administram marcas ou empresas com bastante sucesso, sem comprometer sua identidade criativa. Ao pensar nos novos nomes que ditarão (ou melhor, já ditam) o rumo da moda no Brasil, é difícil não chegar à Karin Feller. Formada há menos de quatro anos pela Faculdade Santa Marcelina, a designer foi a primeira vencedora do Projeto Ponto Zero – lançador de talentos promovido pela ABIT, em parceria com a Casa de Criadores e o Mercado Mundo Mix – e instantaneamente se tornou uma das maiores apostas no cenário brasileiro. Suas coleções delicadas caíram no gosto de milhares de garotas, conquistando um público fiel que cresce a cada estação.

 

Porém, mais do que por sua criatividade, Karin merece ser aclamada por sua visão de mercado. A estilista investe em mostrar seu trabalho em feiras ao redor do mundo e em pontos de venda em diversos países. Baseada em São Paulo, assinou uma coleção para a C&A  com as colegas Dani Hasse e Yoon Hee Lee no ano passado, e foca em firmar sua marca homônima e em suas ilustrações, uma antiga paixão.

 

Além da Casa de Criadores, Feller participou este ano da Brasil Fashion Cruise, evento que apresenta as coleções em alto mar (a bordo do luxuoso MSC Orchestra), junto a marcas conceituadas como Amapô e Neon. Karin também se aventurou no universo dos acessórios, ao firmar parceria com a marca de eyewear Absurda.

 

Em entrevista com a designer, conversamos um pouco sobre suas influências, planos de carreira e nova coleção, inspirada em Amélia Earhart, primeira aviadora a cruzar o Atlântico nos anos 1930. Conheça um pouco mais sobre Karin Feller em nosso bate-papo exclusivo!

 

 

Catarina: Você veio ao Brasil de Israel, aos nove aninhos. Como foi essa transição? Qual foi a parte mais difícil da mudança?

Karin Feller: Na verdade, de início foi bem tranquilo. Fui morar no sul e o ritmo de vida não era muito diferente. Difícil foi quando me mudei pra São Paulo, aos 13, e descobri um tipo de vida totalmente diferente, muito mais frenético do que eu levava.

 

C: Você acha que a mudança influenciou suas decisões profissionais posteriormente?

KF: A parte de me mudar pra São Paulo reafirmou o que eu pretendia como profissão. Eu gostava de desenhar, mas me apaixonei pela profissão quando pude acompanhar mais de perto estando aqui.

 

C: Além da Casa de Criadores, a marca Karin Feller desfila no Mercado Mundo Mix em Portugal.  Quais as diferenças entre a moda lusitana e brasileira? Você pretende explorar esse mercado com mais intensidade?

KF: Os portugueses têm uma moda um pouco mais clássica, então se divertem com as nossas criações e gostam delas. Minhas peças venderam super bem por lá. Assim que o mercado se estabilizar, quero voltar a explorar as vendas por lá de uma maneira mais intensa.

 

Imagem do lookbook da coleção Inverno 2012

 

C: Você também já expôs em Las Vegas e tem pontos de venda em diferentes cidades internacionais. Como os outros países absorvem a proposta da marca?

KF: A graça de expor fora é que as pessoas se interessam pela marca através do produto, e não tanto pelo nome em si. Tenho a oportunidade de ver a aceitação das peças de acordo com os seus estilos, tecidos, caimentos. Eles gostam principalmente da parte da estamparia, e tudo que tiver uma pitada de Brasil cria bastante interesse.

 

C: Muitas empresas estão migrando para o e-commerce, que rompe as fronteiras para muitos consumidores. Isso está nos planos futuros da marca?

KF: Sempre precisamos nos manter atualizados. A marca já vende em alguns sites de multimarca, e eu acho essa proposta bastante interessante!

 

 

 

 

C: Vamos falar sobre a sua coleção de inverno 2012. Usar a figura de Amelia Earhart é um complemento ao tema “Migração” da coleção de verão?

KF: Não era, mas acabou sendo! Foi uma continuação de vontades de estética, mas o tema da Amélia teve mais a ver com a figura da mulher no começo e acabou se focando bastante em suas viagens. Eu amei trabalhar esse tema.

 

C: As peças, ainda super românticas e femininas, estão mais maduras e podem alcançar um público mais velho. Uma Karin Feller “adulta” está nos planos da marca? Como é o seu processo de criação e o que você pretende incorporar no futuro?

KF: Sim. Gosto de atingir o mercado em que a palavra “madura” não se refere tanto à idade e sim a comportamento. Gosto de pessoas decididas que podem utilizar as peças para reafirmar uma personalidade.

Meu processo de criação tem muito a ver com observação. Eu sou muito curiosa e admiro muito muitas mulheres. Interessa-me ver como elas fazem suas escolhas e o porquê de cada código de vestimenta.

 

C: Você também é uma ilustradora talentosa. Como concilia os jobs relacionados à ilustração (como o material da Erbele Fashion) com a carreira de estilista?

KF: Eu amo ilustrar! Esses jobs fazem parte da minha rotina de estilista, porque ligam a parte de ser ilustradora com as parcerias que a marca firma.

 

 

Ilustrações Karin Feller

 

C: Quais são suas principais referências e fontes de inspiração?

KF: São muitas! Música é um dos pontos principais de inspiração, porque eu escolho o que eu quero ouvir de acordo de como quero me sentir pra desenhar. Acho que criação é muito ligado ao humor. Fora isso, gosto muito de paisagens, filmes, referências culturais, animais, etc.

 

C: Você é uma estilista super jovem que além de vencer o Projeto Ponto Zero no final da faculdade, já tem fama nacional e internacional. Qual é o seu conselho para aqueles que almejam uma carreira tão promissora quanto a sua?

KF: O meu conselho é que quando se faz o trabalho com amor, responsabilidade e pé no chão, as coisas acontecem. A gente tem que engolir algumas dificuldades, nem tudo é um mar de rosas, mas o objetivo final tem que estar claro. O mercado tem espaço para todos, desde que a gente se una. Acredito muito no mercado brasileiro e sou apaixonada pela ideia de fortalecer o produto nacional. Espero que o mercado cresça para que os profissionais possam batalhar cada vez mais.

 

 

 

Camila Beaumord
Imagens: Divulgação e Fotosite

 

Carreira solo

7.03.2012

 

Sabemos  – e não é de hoje – que por trás do nome de uma grande Maison e de seu estilista principal, existem centenas de pessoas trabalhando na criação e produção das coleções. Mas chega um momento em que, para muitos desses colaboradores, é hora de apostar na carreira solo. É o caso de Corrado de Biase e Steffie Christaens.

 

Corrado de Biase é italiano, natural de Bari. Formou-se no Istituto Europeu del Design em Roma e já trabalhou como assistente na criação de sapatos e acessórios para marcas como Fendi, Yves Saint Laurent, John Galliano e Rochas. Desde 2011, Corrado desenvolve coleções para a semana de moda de Paris e descreve seu trabalho livre de assinaturas ou um estilo único Isso dá a vantagem de mudar referências, explorar diferentes materiais, cores e volumes em suas criações.

 

Para o Outono/Inverno 2013, o estilista trouxe para a passarela uma coleção inspirada na estética Tomboy disseminada por Coco Chanel. Os looks apareceram em brocados metálicos de cor lavanda e verde-água e estampas florais aplicadas em veludo e organza.

 

 

 

 

 

Após trabalhar por anos na Balenciaga  como assistente de Nicolas Ghesquière, Steffie Cristaens também decidiu que era hora de ter seu próprio nome. A holandesa estreou na semana de moda de Paris na temporada de Outono/Inverno 2011 e seu trabalho traduz seu conhecimento na área têxtil e estamparia. A estilista costuma trabalhar com assimetria e referencias à mitologia em suas criações, construindo um diálogo entre arte e moda.

 

Cinza, esculturas e experimentações foram bases para a coleção apresentada por Steffie nesta última temporada em Paris. A linha reta recorrente de suas criações foi contraposta por alguns detalhes em lã e pedaços mais soltos de seda nas peças.

 

 

 

 

 

Julia Bittencourt

 

Trends: Paris Fashion Week Pt. 02

7.03.2012

Veja os materiais, texturas, padronagens e acessórios que marcaram presença na Paris Fashion Week. É só fazer o download gratuito deste TrendFile do Bureau de Tendências.

 

Trends: Paris Fashion Week Pt. 01

6.03.2012

Muita classe e elegância ditam o tom da semana de moda mais esperada da temporada. Tendências como o forte uso do preto, transparências e couro são reafirmadas na tradicional Paris Fashion Week. Veja tudo isso e mais no primeiro TrendFile dedicado ao evento.